18.3.04

The art of peace, #2



One does not need buildings, money, power, or status to practice the Art of Peace. Heaven is right where you are standing, and that is the place to train.



      Isso me lembra uma conversa, ontem, no dojo, sobre uma possível exibição no Museu de Arte Moderna. Dificilmente participarei, já que nas precisas palavras de um personagem de Robert Heinlein, "Sou apenas um ovo", mas com certeza estarei lá para assistir - afinal ver meu professor voando na mão de outros é algo divertido ;)
      O Aikido não se pratica só no tatame. Essa frase tem se mostrado a cada dia mais verdadeira. Por incrível que pareça, seja num melhor aproveitamento de respiração ao pedalar, numa discussão com a família ou até mesmo batendo o pó de tapetes, há a chance de exercitar e treinar. A arte da paz não é tão frágil a ponto de não resistir a um contato com o dia-a-dia, ainda bem. E todo esse "brainstorm" começou numa conversa entre eu e um dentista, colega aluno no dojo, sobre técnicas de rolamento. Diferentemente do rolamento ensinado no Judô e no Jiu-Jitsu, o rolamento do Aikido pode ser feito sobre qualquer tipo de pavimento sem prejuízo ao antebraço do praticante. No final, concordamos que o que faz o dojo não são os tatamis (dispensáveis se há harmonia e espírito de cooperação entre os praticantes), mas sim a vontade de transformar o local num ambiente de aprendizado e iluminação. Lá se pode "sofrer mil mortes" e aprender com cada uma delas, aperfeiçoando mente, corpo e espírito. E isso, acredito, é o que Morihei Ueshiba diz na frase "Heaven is right where are you standing". Harmonia.
      A harmonia, ou paraíso, como alguns judaico-cristãos fazem tanta questão de chamar, não parece ser um lugar, mas um estado. É algo que se carrega consigo, semelhante à noção de paraíso segundo a visão da cabala mística tradicional. E parece que estou provando os primeiros frutos disto.

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