4.9.02


==================Noticiás realmente vergonhosas==================================================

BANJA LUKA, Bósnia (CNN) -- O governo sérvio bósnio divulgou, nesta terça-feira, um relatório em que rejeita o massacre de Srebrenica, ocorrido em 1995 e no qual oito mil pessoas foram mortas, como crime de guerra.

Em outras palavras, as autoridades classificaram o massacre de uma ilusão de ótica.

Hamster- Yeah, Right. O Olho é mais rápido que a mão que dispara em civis. Ou quem sabe: " Nada nesta mão, nada na manga, POOF! Uma cova para milhares do nada! Aplausos, por favor..." Tudo bem que é até esperado um governo negar este tipo de coisa, mas declarações como essa só irão enfurecer ainda mais as nações unidas. Só quero ver o que o panda vai dizer....


Grupos humanitários, autoridades envolvidas em missões de paz e muçulmanos imediatamente condenaram o relatório, que também reduziu drasticamente o número de mortos, estimado pelas Nações Unidas, em Srebrenica.

Segundo o governo, a maioria das vítimas foi de soldados mortos em ação – e não famílias muçulmanas perseguidas durante a campanha de "limpeza étnica" que marcou a guerra na Bósnia.

Srebrenica foi cenário do maior massacre visto na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Durante o julgamento de Radislav Krstic, general sérvio bósnio condenado por ter supervisionado a matança, o episódio chegou a ser chamado de "triunfo do mal".

O líder sérvio bósnio na ocasião, Radovan Karadzic, e seu chefe militar, Ratko Mladic, foram indiciados pelo Tribunal de Crimes de Guerra das Nações Unidas, por genocídio e crimes contra a humanidade. Ambos permanecem foragidos.

A ONU afirma que oito mil pessoas, a maioria homens e meninos muçulmanos, foram mortos em julho de 1995 quando as tropas sérvias arrasaram a cidade, que deveria ser uma área sob proteção da organização mundial.

Hamster - ...e desde quando os Blue helmets, i.e UN peacekeepers REALMENTE protegem alguém??? Que piada.

O relatório desta terça-feira foi publicado pelo governo sérvio bósnio a dois meses da realização de eleições municipais e nacionais.

O governo sugere que soldados muçulmanos, exaustos após fugirem de batalhas anteriores, podem ter confundido confrontos militares com um massacre que jamais ocorreu.

"Caminhar durante quase 20 em uma área cheia de minas terrestres, sem água nem comida, sob o medo de levar um tiro de qualquer direção foi um trauma tão grande que os soldados muçulmanos algumas vezes confundiram realidade e ilusão", diz o relatório.

"Ao olhar corpos em meio a tal distúrbio psicológico, alguns soldados muçulmanos acreditaram no que imaginavam", acrescenta.

No fim, o relatório concluiu que "dá para entender que os muçulmanos exageraram os números, a fim de conseguir o que queriam desde o começo: envolver a comunidade internacional no conflito com os sérvios".

"Barganha"
O chefe do departamento do governo sérvio bósnio encarregado de cooperar com a corte de Haia, Sinisa Djordjevic, alegou que o relatório foi preparado "pelo bem da verdade e da reconciliação".

"Fazer barganha em cima das vítimas não leva à reconciliação", disse, em entrevista coletiva.

Legistas bósnios exumaram cerca de seis mil corpos que seriam de vítimas do massacre de Srebrenica. Pelo menos 3.500 foram guardados em um armazém em Tuzla, aptos a serem recontados em caso de necessidade; outros estão em minas ou ainda enterrados em covas coletivas.

Hamster - Ok, então se eram combatentes e não civis porquê não permitir a exumação dos cadaveres e um cross-indexing com os registros de arcadas dentarias dos exercitos envolvidos?

Sobrevivente da atrocidade, Sabaheta Fejzic reagiu com indignação ao relatório. "Eu não inventei a morte do meu filho, do meu marido e de mais outros 50 homens da minha família em Srebrenica", disse, em declaração à agência Reuters.

Já a assessoria de Paddy Ashdown, principal autoridade internacional destacada para o processo de supervisão dos desdobramentos da guerra na Bósnia, referiu-se ao relatório como "uma tentativa cruel e irresponsável de iludir os eleitores e explorar o trauma daqueles que sobreviveram ou foram enlutados pelo massacre".

"A história não pode ser reescrita desta maneira", disse o porta-voz de Ashdown, Mario Brkic.

O porta-voz da corte de Haia, Refik Hodzic, classificou a versão do governo sérvio bósnio como revoltante, acrescentando que o relatório se choca com os esforços visando a esclarecer a verdade sobre Srebrenica.

E Kada Hotic, que perdeu os irmãos, o filho e o marido no massacre, definiu: "Os sérvios sabem muito bem estão mentindo para si mesmos e para o mundo".

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