1.8.03

Raiva. Decepção. Dor.
Harano. Blues. Melancolia.
Memórias.Cheiros. Espíritos.
Determinação. Transformação. Poder.
Manipulação. Manipura.Vingança.
Controle. Contenção. Zen.
Arjuna.

      É disso que eu precisava, de verdade. Aquela pequena injeção de ânimo quando o tédio cotidiano começa a tomar conta do seu dia. O tipo de coisa que eu quase cheguei a sentir falta... Pela produção de textos aqui no b-log vocês, meus....errrr....cinco leitores...devem ter uma idéia de como anda minha cabeça nos últimos dois dias. Isso ajuda a pensar como o live de werewolf será estranhamente divertido, quase como uma licença para ser o meu antigo eu, embora eu ache que a outra parte em questão da aposta não tenha cacife para encarar as sombras envolvidas. Bom, aposta é aposta, vamos ver.
      Esse ano parece que começou ontem. E o relógio no canto insiste que já estamos em agosto. Sei que num piscar de olhos, terei terminado minha faculdade. É estranho pensar no fluir do tempo assim. Ontem, algo importante se foi, como numa lufada de vento, de maneira completamente inesperada, como só as tragédias sabem ser. Fica fácil filosofar sobre o tempo e ciclos assim. ;) Hoje, eu sei que queria meus amigos na solenidade, mas tenho certeza que estarei lá só. Todos são pessoas ocupadas, e sexta feira à tarde é um horário difícil. Não consigo parar de assobiar uma melodiazinha triste, da época "pure one" da minha vida, de uma canção de ópera no Super famicon, de Final Fantasy 6: " ...ere I walk away / with nothing to say " etc etc etc. De volta ao estigma do lobo solitário.
      E o som disso é "I dreamed a dream" de "Les misérables", uma canção gentilmete emprestada pelo meu anjo que hoje anda pelas ruas de Berlim. Apropriado, considerando-se "Asas do desejo". É um mundo muito louco, esse onde um anjo e um demônio (É, no final das contas você sabe enxergar bem minha alma, irmão do longínquo norte) podem ser muito mais do que bons amigos. É um cabaret depravado (referência obrigatória a V de Vingança) que hoje fecha as portas um pouco mais tarde, graças a um bêbado no fundo do bar, que traça aves na fumaça de seu cigarro, e bebe sozinho as últimas gotas da garrafa de whisky, raios de sol engarrafados, e se despede do seu sol, e adentra a seita do céu noturno de corpo e alma.

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